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8 de novembro de 2012

Resenha – Quando Nietzsche chorou

Venho anunciar que agora aqui no blog vai ter uma sessão chamada resenha. Vou “resenhar” sobre qualquer coisa... filmes, programas de tv, livro,  ou seja lá o que me der na cabeça. :)
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            A resenha de hoje é sobre o último filme que eu vi, o "Quando Nietzsche chorou". Pra quem conhece um cadinho do filósofo, o título parece meio absurdo né? Ainda mais quando você descobre que a causa do choro é uma “mulher”. Entre aspas, porque a verdadeira causa do choro não é a mulher em si. A história é fictícia.

            O filme começa com Lou Salomé, uma linda mulher russa de sotaque carregado, pedindo a Joseph, um renomado médico, que ajude seu amigo, que está pretendendo cometer suicídio. O amigo não é ninguém menos que Friederich Nietzsche.
           
            Nietzsche sofre de fortes dores de cabeça, e de um desespero irreparável. A russa pede ao médico que trate da parte emocional de Nietzsche, ou seja, que o tratamento para as enxaquecas seja apenas uma desculpa. E diz que o paciente não pode, de maneira nenhuma, saber disso.

           O método de Joseph é a cura pela fala, ou seja, o paciente precisa expor, botar pra fora suas angústias. Salomé acredita que tal tratamento pode ser a cura de Nietzsche.
            Seduzido pela russa, Joseph aceita conversar com Nietzsche, que o enche de perguntas quando o médico anuncia que precisa vê-lo diariamente. O filósofo não tem como pagar, e o médico diz que não cobrará nada. Nietzsche fica tentando entender quais são as razões para aquele médico fazer aquilo, e não aceita.

            O desespero do filósofo é passado de uma forma sensacional. Em determinada cena, está na cama com uma prostituta quando as dores começam. Nietzsche grita, se debate, e por fim, bate fortemente com a cabeça no espelho. Seu rosto começa a sangrar e ele fica à beira da morte. Joseph é chamado e eles iniciam o tratamento.

            O que não sabíamos, até então, é que o verdadeiro paciente acaba sendo o próprio médico. Insatisfeito com seu casamento, ele se apaixona por uma paciente, Bertha, que sofre de “histeria”. Joseph tem sonhos estranhos todas as noites e possui, dentro de si, um forte sofrimento, que o impede de aproximar-se da esposa.

            Nietzsche tenta abrir os olhos do médico, mostrando que é importante arriscar, abrir mão de tudo e procurar a felicidade. Mas Nietzsche era visto como um louco. A partir do momento que Joseph percebe que Nietzsche não é um louco, mas um filósofo, um sábio, a coisa muda de figura.

            Joseph começa a se entregar, seguir seus conselhos, refletir a respeito de suas palavras. E através de uma hipnose com Freud (seu aluno), toma uma importante decisão a respeito de sua vida.
           
            A relação entre os dois passa a ser de amizade, de respeito mútuo e confiança. Nietzsche finalmente se sente á vontade para abrir-se com alguém, uma vez que o médico abriu-se com ele primeiramente.
           
O filme não é, de maneira nenhuma previsível. Toca em aspectos sensacionais, polêmicos e faz uma lógica inversa, onde o médico se dá conta de que precisa mais urgentemente de tratamento do que seu próprio paciente, que é visto pela sociedade como um “louco”.

Nota: 8.5

*lembrando que o filme é uma adaptação do livro, que li há muitos anos atrás, mas sinceramente não me recordo pra fazer uma comparação. *


Beijos!


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